domingo, 22 de junho de 2014

ESCUTAR O AMOR



SÃO MAIS DE CINQUENTA MILHÕES DE SERES HUMANOS E METADE DELES SÃO CRIANÇAS…


Foram forçados a abandonar os seus países, perderam os seus haveres, deixaram familiares, e tiveram de ignorar os mortos.

O relatório do Alto Comissariado das nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), divulgado dia 20, diz que é a primeira vez, desde a II Guerra Mundial, que se verifica esta situação.



O responsável pelo ACNUR, António Guterres, afirma que a situação se deve a um “perigoso défice de paz no mundo”. Tudo por causa de guerras sucessivamente desencadeadas, quer por Governos institucionalmente no poder, por forças de oposição política ou por máfias organizadas.



A interrogação urgente a fazer: a quem interessa toda esta situação? Quem são os países que fabricam as armas (e munições) que são vendidas aos Exércitos, aos grupos armados e às associações criminosas? Quem são os Governos que negoceiam com os diferentes “senhores da guerra” para dos conflitos retirarem dividendos económicos: exploração de bens naturais ou interesses que a hipocrisia política denomina de reconstrução dos países?



TAMBÉM ENTRE NÓS EXISTEM “REFUGIADOS”… Refugiados fugidos de si próprios, das suas próprias famílias... Pessoas excluídas, que se viram obrigadas a “refugiarem”, sob as mais diversas aparências, para que o desprezo ou a solidão não os acabasse por destruir.

Alguns destes refugiados vivem no nosso prédio, na nossa rua; talvez possam mesmo ser nossos familiares ou colegas de trabalho…



Como discernir uma decisão capaz de “apaziguar o sofrimento sobre a terra”? Como encontrar no nosso interior o “fermento de paz e confiança” capaz de eliminar “a espiral de ódio e medo entre as pessoas e os povos?”



As nossas decisões e os nossos gestos individuais serão o fermento que levedará finalmente toda a Humanidade… E assim a terra tornar-se-á “num lugar habitável”.



(*) Citações retiradas do livro “Las fuentes de Taizé”, do irmão Roger, PPC  (Madrid), 2000



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