domingo, 14 de junho de 2015

ESCUTAR A VIDA



Caríssimas e caríssimos,

será possível alguém “viver só por si e para si”, como que se afundasse numa concha, assumindo exclusivamente os seus interesses? Sobre esta questão vital, Thomas Merton diz-nos com transparência: este “viver”, que conduz à divisão interior, nos converte “numa pequena ilha”. E conclui, quem faz esta opção, “não pode encontrar-se a si mesmo...” (*).

Sustentados pelas palavras do monge cisterciense Merton (1915-1968), continuamos a reflectir de excertos da “Carta em busca 2015”, que serão intercalados com as reflexões de Ricardo Brochado e Paula Guerreiro, que nos ajudará a ESCUTAR A VIDA na próxima semana.

O propósito é preparar os nossos corações para o Encontro de Verão, dia 11 de Julho, sob o tema DA BUSCA DA PAZ INTERIOR A UMA AMABILIDADE COMPROMETIDA, e para o qual estamos convidadas e convidados.

(*) “Querido lector” (1997) e “Nuevas semillas de contemplación” (2006), citados em “Escritos Esenciales”, SAL TERRAE, Espanha, 2006.

Fraternalmente,

grão de mostarda


DESPERTAR O CORAÇÃO…


“Experimentada na fidelidade a nós próprios, a busca da paz interior sempre nos remeterá ao “Absoluto Invisível” que nos habita, sejam quais forem os caminhos que cada uma e cada um decidir calcorrear. No fundo, trata-se de uma inquietude que “desperta o nosso coração” (…).

Esta inquietude, pouco a pouco, suscitará no mais profundo do nosso SER uma atenção e abertura…. Ou seja, uma interpelação que nos conduz o olhar interior para o exterior, para a vida que acontece e da qual somos também acontecimento. 

A partir deste encontro com o nosso coração jamais nos será possível permanecer imobilizados, indiferentes diante da realidade.”

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