domingo, 17 de novembro de 2013

ESCUTAR O AMOR



Jesus disse a Nicodemos: “(…) Não estranhes que eu te diga que é preciso nascer de novo. O vento sopra onde quer: ouves o seu rumor, porém não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece com aquele que nasceu do Espírito.” (ver João 3, 1-8)

“(…) O Espírito é esse sopro, por vezes suave, por vezes impetuoso, que não desiste de nos reconduzir à nossa beleza original” Carlos Maria Antunes*, Só o Pobre se faz Pão, Paulinas, 2013



*Carlos Maria Antunes é monge no Mosteiro Cisterciense de Santa Maria do Sobrado (Galiza). Nasceu em Tomar e foi pároco na Diocese de Santarém.

grão de mostarda

domingo, 10 de novembro de 2013

ESCUTAR A VIDA



Caríssimas e caríssimos,

na semana passada, a Susana Monteiro deixou-nos “uma boa notícia”, o testemunho da sua determinação em não se deixar vencer pela doença… A sua confiança na vida revelou-se-nos como um farol de confiança vida.


Entretanto, através da ENCRUCILLADA – revista galega de pensamento cristão (1), chegou mais um testemunho de confiança absoluta na vida, de entrega total à Humanidade… Uma mulher francesa, Geneviève Boyé, de 89 anos de idade, viveu desde 1952 com uma tribo dos Tapirapé, índios brasileiros do Mato Grosso. Ali permaneceu até morrer (24 de Setembro), apesar da congregação a que pertencia, as Irmãzinhas de Jesus, terem desejado que ela se mudasse para uma das suas casas para, naturalmente, a acolher com mais cuidados naquele momento da sua vida.


Companheira do conhecido bispo espanhol Pedro Casaldáliga, (nomeado bispo de S. Félix de Araguaia, no Mato Grosso, em 1968) na luta pelos direitos dos índios e de todos os despojados das suas terras, Geneviève foi entre os Tapirapé uma “presença silenciosa e frágil e nessa fragilidade está a sua fortaleza”, escreve Avelino Muñoz, num texto introdutório a uma entrevista a Pedro Casaldáliga, na ENCRUCILLADA, efetuada em Maio, 4 meses antes da morte de Geneviève. 


Avelino Muñoz quis conhecer algumas das pessoas que caminharam com o bispo Casaldáliga “na busca de um estilo de vida libertadora”. E uma dessas pessoas foi Veva, como era conhecida Geneviève Boyé entre os Tapirapé. O retrato que nos é dado de Veva é uma parábola de gratuidade total, de “amor gratuito” como sublinha Muñoz, a quem agradecemos o amável texto que reproduzimos (ver ANEXO).



Fraternalmente,

grão de mostarda

(1) Nº184 – setembro-outubro 2013; www.encrucillada.es





VEVA, PARÁBOLA DE GRATUIDADE ABSOLUTA





“(…)

Outra mulher extraordinária que admirou Pedro foi Veva (Geneviève Boyé), nascida em França, 89 anos, religiosa das irmãzinhas de Jesus de Carlos Foucauld. Depois de estar dois anos em Argélia, muda-se para o Brasil em 1952 e vive, com outras duas irmãzinhas, numa tribo dos Tapirapé no Mato Grosso. Uma delas enfermeira, faleceu recentemente; outra, irmã Odile, é professora. Veva, a única com quem nos encontramos, é reflexo da encarnação tornada presença, presença silenciosa e frágil e nessa fragilidade está a sua força. Não ensina, aprende; não prega, nem dá nada de material, simplesmente ama e esse amor gratuito é apoio e gera consciência da sua dignidade nas pessoas mergulhadas em tribos decadentes. Ela considera-os iguais, irmãos, filhos queridos do Pai Deus e da Mãe Terra.



Visitámo-la na sua povoação índia, onde vive integrada numa das cabanas de barro com teto feito de palmeira, uma cabana sempre aberta. Custa muito imaginar a mulher francesa que foi na sua juventude. Do seu corpo restou o essencial: una braços sulcados pelas veias e os tendões envolvidos numa pele engelhada, umas mãos grandes calejadas e uns olhos vivos que enchem de luz um rosto doce e enrugado. Tornou-se índia com os índios, veste como eles, fala o seu idioma e é mais uma da tribo. A sua cabana não está vazia, entram crianças; vem tomar um chá, a caminho da escola, Luiz, um professor colaborador na povoação; repousa uma mulher doente que busca sossego na cabana das irmãs. Num recanto vemos uma pequena capela com uma cruz e uma fotografia de Carlos de Foucauld; ali rezamos juntos. Nesta choupana há muita PRESENÇA.



Neste momento Veva debate-se entre seguir os desejos da sua comunidade religiosa, que deseja acolhe-la e cuidá-la na sua velhice, ou permanecer com a sua família dos tiparapés, que a cuidam sempre que necessita, do mesmo modo como ela o fez durante a sua longa vida. Quando Pedro chegou a esta zona, Veva já vivia com a tribo índia há 16 anos. Parte do vigor do qual está constituído Casaldáliga resulta, sem dúvida, desta mulher e da profunda espiritualidade encarnada do fundador Carlos de Foucauld.”


sexta-feira, 8 de novembro de 2013

PENSAMENTO EM BUSCA



“O homem bom deixa boas recordações. A honestidade conduz os homens de bem. Com a humildade há também sabedoria. As acções do justo são fonte de vida.” (Provérbios, 10, 7.11, 2-3.30)




grão de mostarda

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

PENSAMENTO EM BUSCA



“Vigia, acima de tudo, o teu pensamento, porque dele depende a tua vida. Evita dizer falsidades; afasta-te da mentira. Olha sempre em frente, sem desviar os olhos do teu caminho. Vê bem onde pões os pés e que o terreno onde pisas seja sempre firme.” (Provérbios 4, 23-26)




grão de mostarda

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

PENSAMENTO EM BUSCA



“Se estiver na tua mão poder fazê-lo, nunca negues um favor a quem dele precise. Não digas ao teu semelhante que volte amanhã se o podes ajudar hoje. Não tentes fazer mal ao vizinho que deposita toda a confiança em ti… O Senhor trata os humildes com bondade.” (Provérbios 3, 27-34)



grão de mostarda