quinta-feira, 27 de setembro de 2012

PENSAMENTO EM BUSCA



Descobrir Deus como um pai carinhoso, é uma busca permanente de um coração simples de criança.


 Ilustração: Militão dos Santos

grão de mostarda

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

AO ENTARDECER



Jesus deu aos Doze poder e autoridade sobre os demónios e para curar enfermidades e logo os enviou a proclamar o Reino de Deus e a curar os doentes, dizendo-lhes: “Não leveis nada para o caminho: nem bastão nem sacola, nem pão nem dinheiro, nem tão pouco duas túnicas... Eles se puseram a caminho e foram de aldeia em aldeia, anunciando a Boa Nova e curando por toda a parte. (ver Lucas 9, 1-6)

“O que este relato destaca primeiramente é que Jesus toma verdadeiramente a sério o sofrimento humano. É o que mais se ressalta neste evangelho. Jesus dá aos Doze ‘poder’ e ‘autoridade’. Para quê? Sobretudo, para expulsar demónios e curar doentes, facto que se diz duas vezes. Tudo isto relacionado com a proclamação do Reino de Deus. Portanto, Jesus entende a missão dos Doze como missão para remediar males e tornar mais feliz a vida (...). 

Jesus não está contra o progresso económico. Não pode estar. Mas Jesus não que os seus apóstolos se sirvam do dinheiro para ‘fazer apostolado’. A missão que Jesus deseja faz-se com humanidade, bondade, tolerância, carinho. É com isto que Jesus deseja que se anuncie o Reino.”

AO ENTARDECER… espaço de busca no final do dia, a partir de pequenos comentários do teólogo espanhol José María Castillo sobre as propostas de Jesus – http://blogs.periodistadigital.com/teologia-sin-censura.php. Os extractos dos comentários são retirados do seu livro “La religión de Jesús – Comentarios al evangelio diario”, editado pela Desclée De Brouwer (Bilbao), 2011.




grão de mostarda
 

PENSAMENTO EM BUSCA



Na sua busca de Deus, cada mulher e cada homem deseja encontrar confiança, proximidade, acolhimento, aceitação. Deste modo é capaz de superar toda a insegurança e medo que a vida pode despertar no seu coração.



grão de mostarda

terça-feira, 25 de setembro de 2012

ESCUTAR A VIDA



RE-COMEÇAR... viver na confiança e ser fermento

Caríssimas e caríssimos,

no passado sábado fomos arrebatados pelas palavras de Henri Teissier, o ex-bispo (católico) de Argel, numa entrevista ao jornal PÚBLICO (1), na qual se recorda o assassinato de sete monges cistercienses do mosteiro de Tibhrine, na Argélia, em Março de 1996. Quando dois anos depois voltou a Tibhrine para auscultar o chefe da aldeia sobre a possibilidade de um grupo de monges poder regressar ao mosteiro, Henri Teisser ouviu da população estas palavras: “O perigo está aí; se estiverem cá [os monges], viveremos com esperança; se não estiverem, viveremos sem esperança”.

Como o ex-bispo de Argel sublinhou, a permanência deste sentimento por parte da população da aldeia de Tibhrine só foi possível pela “relação de confiança, de colaboração, de serviço recíproco” que os monges haviam cultivado com os seus vizinhos muçulmanos... Foi a partir de uma atitude de confiança mútua – bem visível no filme Dos Homens e dos Deuses, realizado a propósito daquele trágico acontecimento – que aquela população indefesa, perante o conflito que então opunha milícias islâmicas ao Estado argelino, foi fortalecendo um sentimento de esperança.

 Viver com esperança... Não a partir de uma ilusão, de um qualquer pressuposto alheio à vida concreta, aos anseios e às lutas diárias. Os monges de Tibhrine, que partilhavam o quotidiano com a população daquela aldeia, cultivado através de uma sincera amizade, revelaram ser possível transfigurar um ambiente de ansiedade e de medo numa atitude de ânimo, de esperança. Foi a partir da decisão de partilhar, na totalidade, a condição daquelas pessoas que os levou a cavar fundo uma solidariedade que ainda hoje perdura...

Viver com esperança... É com este apelo a queimar os corações que convosco retomamos o diálogo fraterno, recuperando assim a proposta de uma esperança atuante, expressa nas cartas de Luísa Alvim e de Valentim Gonçalves “De que mundo somos?” e nas reflexões semanais “Escutar a vida”, escritas por Adérito Marcos, Olga Dias e Paulo França, e publicadas nos últimos doze meses no mural do grão de mostarda.
Neste nosso tempo, na situação concreta que nos é dada viver, o que a urgência dos mais frágeis nos solicita é a criação de redes diversas, geradoras de uma confiança capaz de transformar o desejo em realização e a espera em esperança. 

Sabemos que nada é imediato nas verdadeiras decisões humanas. É sempre necessário correr riscos, ser fermento, enquanto a nossa vida, pouco a pouco, se vai convertendo em caminho de confiança e em lugar de esperança. Foi por este itinerário que os monges de Tibhrine conduziram o seu modo de viver junto daquela população, não se deixando paralisar pelo desânimo... Este é, também, o caminho por onde se deseja conduzir as reflexões do grão de mostarda, reconhecendo com o irmão Roger que “a vida não é uma sujeição aos acasos de uma fatalidade” e que mesmo com poucos meios é possível ser-se “fermento de confiança”.

Com estima fraterna,

grão de mostarda


Entrevista realizada a propósito da edição portuguesa do livro “Christophe Lebreton – Monge, Mártir e Mestre Espiritual para os Nossos Dias”, do bispo Henri Teissier, escrito com base no diário de um dos sete monges assassinados.


grão de mostarda
 

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

PENSAMENTO EM BUSCA


Seremos capazes de alimentar no coração um “tempo de confiança”? Nunca desprezar os sinais, mesmos os mais simples, que no quotidiano nos vão falando da confiança, ajuda-nos a fortalecer esta busca...

  
grão de mostarda