Enquanto
seguiam para Jerusalém, alguém disse a Jesus: “Seguir-te-ei, vás para onde
fores”. Jesus respondeu-lhe: “As raposas têm tocas e os pássaros têm ninhos,
mas este homem não tem onde reclinar a cabeça”. Entretanto, Jesus disse a ouro:
“Segue-me”. Mas ele retorquiu: “Deixa-me primeiro enterrar o meu pai”. Mas
Jesus contestou: “Deixa que os mortos enterrem os seus mortos. Tu, vem anunciar
o Reino de Deus”. E um outro disse a Jesus: “Seguir-te-ei, mas deixa-me
despedia da minha família, antes de ir contigo”. A este Jesus disse: “O que põe
a mão ao arado e continua olhando para trás, não é digno do Reino de Deus” (ver
Lucas 9, 57-62)
“
(...) Lucas deixa bem claro que ser discípulo de Jesus é uma coisa muito séria.
Porque coloca a descoberto que, ao assumir-se o seguimento de Jesus, poderão
entrar em conflitos diversas lealdades, talvez mesmo as mais sérias lealdades
da vida.
Trata-se
concretamente de três lealdades fundamentais: 1) Renúncia ao estatuto: estar
disposto a perder seguranças (...). 2) Renunciar às convicções religiosas
tradicionais (...), já que, para os judeus piedosos daquele tempo, o último
serviço aos mortos era considerado acima de todas as boas obras da Lei. 3)
Renúncia a todas as amarras que impedem o serviço incondicional do Reino (...).
Que
há por detrás destas exigências tão radicais? A radical humanidade de Jesus
(...).”
AO
ENTARDECER… espaço de busca no final do dia, a partir de pequenos comentários
do teólogo espanhol José María Castillo sobre as propostas de Jesus – http://blogs.periodistadigital.com/teologia-sin-censura.php.
Os extractos dos comentários são retirados do seu livro “La religión de Jesús –
Comentarios al evangelio diario”, editado pela Desclée De Brouwer (Bilbao),
2011.
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