Jesus mandou setenta e dois,
juntos de dois a dois, às povoações e lugares onde ele pensava ir. E
disse-lhes: “Não leveis bolsa, sacola e sandálias... Se entrarem numa povoação
e vos receberem bem, comei do que vos servirem, curai os doentes e dizei: O Reino
de Deus chegou até vós...” (ver Lucas 10, 1-12).
“ (...) é evidente que o
cristianismo nasceu, sociologicamente, como um movimento de ‘carismáticos
itinerantes’. Isto equivale a dizer que nasceu como um movimento de
‘automarginalizados’. De facto, Jesus foi um carismático. (...) Jesus, tal como
os discípulos que escolheu, não tiveram estudos, nem títulos, nem formação
prévia, nem pertenceram a nenhuma instituição que lhes desse autoridade ou
credibilidade diante a sociedade onde viveram.
Como se explica que aquele
movimento de pessoas incultas e sem títulos chegaram a exercer uma influência
tão significativa? Jesus e os seus discípulos adoptaram conscientemente uma
forma de ‘conduta desviada’. E fizeram-no de acordo com a integridade e
coerência que exigia o que anunciavam. Isso constituiu precisamente uma força
de mudança de valores. A comunidade de pessoas passou a ser substituição do
templo. O templo dos cristãos, no Novo Testamento, é a comunidade de pessoas
(ver 1ª carta aos Coríntios 3, 16.17; 6, 19; 2ª carta aos Coríntios 6, 16;
carta aos Efésios 2, 21). A comunidade é a casa de Deus (1ª carta a Timóteo 3,
15) (...).”
Ilustração: Eucaristia, nas
catacumbas S. Calixto (Roma), séc. III
AO ENTARDECER… espaço de busca
no final do dia, a partir de pequenos comentários do teólogo espanhol José
María Castillo sobre as propostas de Jesus – http://blogs.periodistadigital.com/teologia-sin-censura.php.
Os extractos dos comentários são retirados do seu livro “La religión de Jesús –
Comentarios al evangelio diario”, editado pela Desclée De Brouwer (Bilbao),
2011.
grão
de mostarda
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