“Eu
vos digo: Pedi e vos será dado. Buscai e encontrareis. Chamai e se vos abrirá”
(ver Lucas 11, 1-13)
Uma
menina de 16 anos evocou aquelas assombrosas palavras de Jesus. Malala Yousafzaï, a
adolescente paquistanesa baleada na cabeça, há um ano, pelos taliban pela sua
campanha em defesa do direito à educação das raparigas no seu país, foi a
contemplada este ano do Prémio Sakharov.
Atualmente a viver na
Inglaterra, Malala Yousafzaï foi perseguida por defender o direito das meninas
ao ensino. Na sede da ONU, em Julho passado, afirmou: “Um aluno, um
professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo. A educação é a única
solução. Educação primeiro.” A sua militância é contra “o analfabetismo,
a pobreza e o terrorismo”, como reafirmou diante dos representantes dos
governos nas Nações Unidas a quem pediu que se unissem a esta sua luta,
lançando-lhes o desafio para que mudem de estratégia política ao sublinhar: “Os
nossos livros e os nossos lápis são as nossas [das crianças] melhores
armas”.
Malala Yousafzaï
tornou a sua vida num projeto libertador – pedir, buscar e chamar –, dando
assim cumprimento ao repto de Jesus. O seu gesto e as suas palavras
convocam-nos os corações a um empenhamento mais profundo na humanização da
Humanidade...
Foto: Peter Muhly/AFP
grão de mostarda
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