Pedimos desculpa por, ontem, não ter sido enviado AO ENTARDECER...
Jesus disse aos sumos-sacerdotes e aos senadores do povo: “Escutai esta parábola. Um proprietário plantou uma vinha, rodeou-a com uma cerca, cavou um lagar, construiu uma torre. Depois arrendou-a e partiu. Por ocasião da colheita, enviou os seus servos recolher dos agricultores a renda que lhe cabia. Mas estes maltrataram os servos. O dono da terra, porém, mandou outros servos, em maior número, que foram tratados de igual modo. Finalmente, enviou o seu filho, pensando que a ele o respeitariam. Mas os agricultores disseram: ‘É o herdeiro. Matamo-lo e ficamos com a herança’. Agarraram-no, lançaram-no fora e mataram-no. Quando o dono da quinta chegar, como acham que ele tratará aqueles agricultores, a quem alugou a sua propriedade?”. Os sumos-sacerdotes e aos senadores do povo responderam: “Certamente destruirá os que lhe mataram o filho e arrendará a outros a sua propriedade”. Então Jesus disse-lhes: “Nunca lestes na Escritura: a pedra que os arquitectos desprezaram é agora a pedra angular... Por isso, vos digo que vos hão-de tirar o reino de Deus e o darão a um povo que dê frutos...” (ver Mateus 21, 33-43.45-46)
“Há quem pense que esta parábola é um sólido argumento para justificar a ‘teoria da sucessão’: Israel foi povo infiel a Deus e a Israel sucedeu, como povo fiel, a Igreja (...).
(...) Deus não pode desejar isto. Deus não desejou o anti-semitismo que os cristãos difundiram em séculos passados (...) que causou tanto ódio. O responsável pela morte de Jesus não Israel, mas a desonestidade de alguns dirigentes religiosos que rejeitaram o maior dos profetas”.
Ilustração: Vinhedos vermelhos de Vicent van Gogh
AO ENTARDECER… espaço de busca no final do dia, a partir de pequenos comentários do teólogo espanhol José María Castillo – http://blogs.periodistadigital.com/teologia-sin-censura.php –, sobre as propostas de Jesus. Extractos retirados do seu livro “La religión de Jesús – Comentarios al evangelio diario”, editado pela Desclée De Brouwer (Bilbao), 2011.
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