sábado, 24 de março de 2012

AO ENTARDECER

Dia 23 de Março de 2012

Estava próxima a festa das Tendas, que se celebrava em Jerusalém. E, enquanto os judeus procuravam Jesus, muitos interrogavam se as autoridades acreditariam que ele era mesmo o Messias... Entretanto, que havia chegado incógnito, entrando no Templo, bradava: “Então sabeis quem eu sou e sabeis de onde venho? Pois eu não venho de mim mesmo; há um outro verdadeiro que me enviou, e que vós não conheceis. Eu é que o conheço, porque procedo dele e foi ele que me enviou”. Então, os judeus tentaram em vão prendê-lo... (ver João 7, 1-2.10.25-30)

“A festa das Tendas (ou das cabanas) celebrava-se no outono, quando os camponeses terminavam a vindima. Era uma festa de agricultores que dava graças a Deus pela colheita. Durava uma semana e a ela acorria muita gente. Mas o mais importante era a forte carga religiosa que sem vivia nesses dias que serviam para avivar as esperanças messiânicas do judaísmo (...)
Jesus sabia que o iam matar (...) Mas não se deixou dominar pelo medo. Subiu a Jerusalém, foi direito ao templo e ali começou a falar e inclusivamente a bradar. E gritou de tal maneira que tentaram matá-lo ali mesmo. Pôde escapar porque não havia chegado a sua hora.
Para falar de Deus, como Jesus o fez, há que ser muito livre (...). E falar de Deus como se deve falar é assunto perigoso. Falar do ‘Deus’ que convém aos poderes deste mundo é uma coisa que dá poder e prestígio. Falar do Deus que questiona a esses poderes (...) é perigoso, e nisso a pessoa joga até a própria vida”.



AO ENTARDECER… espaço de busca no final do dia, a partir de pequenos comentários do teólogo espanhol José María Castillo – http://blogs.periodistadigital.com/teologia-sin-censura.php –, sobre as propostas de Jesus. Extractos retirados do seu livro “La religión de Jesús – Comentarios al evangelio diario”, editado pela Desclée De Brouwer (Bilbao), 2011.

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