Uma mulher sudanesa, Meriam Ibrahim, foi condenada à morte, dia 15
deste mês, por um Tribunal de Cartum, por ser cristã ortodoxa. Entretanto, em Março
passado, meios de comunicação social davam conta que, em Kaduma (Nigéria), um
número indeterminado de cristãos tinham sido mortos e incendiadas as suas
casas.
Meriam Ibrahim, de 27 anos, grávida de oito meses e mãe de um
menino de 20 meses, casou com um cristão, desafiando assim a lei islâmica.
Acusada de adultério, foi condenada a receber 100 chicotadas e a um processo
judicial por apostasia. Conforme a Amnistia Internacional, Meriam recusou,
perante o Tribunal, a abandonar o cristianismo, tendo o
juiz Abbas al-Khalifa decidido condená-la à pena capital...
Enquanto decorria o ataque em Kaduna, um conjunto de outros atos
terroristas tinha lugar em Ugwar Sankwai, Ungwar Gata e Chenshyi, que
duraram mais de quatro horas, de acordo com a Christian Association of Nigeria,
que sublinhou o facto de terem morrido crianças nestes ataques, que têm
aumentado de frequência desde Janeiro passado, sublinhou George Dodo, da Christian Association
of Nigeria, em Kaduna…
O QUE ESTÁ EM CAUSA não é a perseguição ser feita por pessoas
que se afirmam islâmicas. O que se lamenta não é a violência feita contra
cristãos. O que assume aqui importância – uma importância vital – é a falta de
respeito pelos Direitos Humanos, que significa a desumanização do coração
humano… A aterrorização mais cruel é aquela que se concretiza em nome de uma
fé, em nome do Amor Infinito, do Mistério de Bondade!
HOJE À TARDE, o bispo de Roma, Francisco, em visita à Palestina
e a Israel, afirmou num campo de refugiados palestiniano, perante crianças
islâmicas e cristãs: “Fixem bem uma coisa: a violência não se vence com a
violência. A violência vence-se com a paz.”
Aos governantes de Israel e da Palestina ofereceu a sua casa, em
Roma, para estabelecerem um diálogo capaz de conduzir a caminhos de convivência
comum, a caminhos de PAZ…
grão de mostarda
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