domingo, 11 de maio de 2014

ESCUTAR A VIDA



Caríssimas e caríssimos,


um cristão do séc. VI, num poema sobre a essência da nossa Origem, colocou, logo de início, assim a questão: “De onde nascemos? Do AMOR…” 


Quinze séculos separam as palavras daquele crente anónimo das de Paula Guerreiro: “Acredito que fomos gerados para o AMOR…” Quinze séculos de culturas a procurar “o sentido profundo do amor que, sob todas as suas formas, nos move a associarmos o nosso centro individual com outros centros, escolhidos e privilegiados…”, como escreveu o filósofo, paleontólogo e jesuíta Pierre Teilhard de Chardin (1881-1955).  


A reflexão de Paula Guerreiro é sublinhada por um ANEXO que, dispensando qualquer comentário, nos devolve a interrogação: “De onde nascemos?”



Fraternalmente,

grão de mostarda

ESCUTAR A VIDA, TOCANDO NA VIDA



Aquilo de que o Ser Humano mais precisa é de AMOR. Acredito que fomos gerados para o AMOR e dotados de uma vasta capacidade para amar. 


O Ser Humano é um ser relacional, portador de um corpo. Um corpo feito para a relação e para o encontro, sendo um admirável veículo de comunicação. Comunicamos numa linguagem verbal e não-verbal. A não-verbal compreende uma arte de comunicar sublime; uma série de sinais silenciosos que nos aproximam do outro, que nos transformam e ajudam a transformar. Um sorriso, uma gentileza, um gesto, um contacto ocular, formas não-verbais ricas e subtis que revelam intimidade e encontro. 


Há uns anos atrás, em contexto comunitário, escutei uma frase que fez eco em mim e não mais esqueci: “O toque é fonte de equilíbrio”. Saboreei esta verdade porque o toque dá vida aos nossos sentidos. O toque terno e delicado a acompanhar aquele abraço… O toque como instrumento de ternura: as carícias, os mimos, os gestos doces e suaves de tato atento que rodeiam um beijo ou um abraço, e reforçam a segurança nos nossos sentimentos. Despertei para a consciência de que o toque físico somente acontece na fase histórica da minha vida e passei a  valorizar ainda mais a sua importância.



Paula Guerreiro



(ver ANEXO: Abraços)


https://drive.google.com/file/d/0B5S1quECIWNda3N6dUhNbXR4R00/edit?usp=sharing

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