Caríssimas e caríssimos,
“A confiança de coração
fortalece-se em nós quando permitimos que impregne as nossas vidas: quando não
respondemos demasiado depressa a uma palavra que nos magoou, quando nos
recusamos a acusar todo um povo por algo que apenas uma parte faz, quando
permanecemos próximos de um doente mesmo se não o podemos ajudar” (*).
Os PENSAMENTOS EM BUSCA desta
semana foram inspirados em reflexões sobre a confiança, escritas pelo irmão
Roger, fundador da Comunidade de Taizé, e do qual se recordou, no dia 16, a sua
morte violenta há nove anos. As palavras do irmão Aloïs, acima citadas e
proferidas naquela ocasião, ajudam-nos a integrar os diferentes momentos da
vida, quando construímos o nosso SER na confiança no amor incondicional.
(*)
Irmão Aloïs, “Em memória do irmão Roger”:
Fraternalmente,
grão de mostarda
FERMENTO DE PAZ…
As actuais
situações de conflito no Mundo repercutem o “ambiente” dos corações daqueles
que lhes dão origem. As crueldades vividas entre a Ucrânia e a Rússia; Gaza e
Israel; Síria, Iraque e “Estado Islâmico” tornam a vida das suas populações num
“tempo de crueldade”.
Os nossos
corações estremecem perante o recrudescer da desumanização e conivências da
comunidade internacional... Quem vende as armas, quer seja aos Estados
internacionalmente reconhecidos quer aos grupos de sublevação? Sabemos que o
armamento utilizado nos diversos conflitos não se adquire num qualquer
“mercado de flores”; o seu transporte, uso e manutenção exigem um conjunto de
logísticas e de conhecimentos, só possíveis as estruturas organizadas.
Quem
subvenciona financeiramente todos estes conflitos? A quem interessa a
implantação de toda a estrutura de recuperação das zonas destruídas? No fundo,
que interesses económicos submetem tantas populações indefesas a uma inominável
iniquidade?
“Sentimo-nos
desconcertados pelas violências e catástrofes no mundo”, afirmou o irmão Aloïs
na sua reflexão do passado dia 14, a propósito dos conflitos na Ucrânia, no
Iraque, na Palestina e noutros locais, acentuando: “No entanto, não estamos
condenados à passividade.”
Gesto animador
desta proposta foi o da própria Comunidade de Taizé ao reunir cristãos
ortodoxos russos e ucranianos no passado dia 21, e que diante dos milhares de
jovens reunidos na reflexão da noite expressaram as suas experiências (1).
Também os
nossos corações não podem deixar-se submergir pela indiferença... Como
construir um ambiente de paz?
“Comecemos em
pequenos grupos, nos locais onde vivemos, nos locais aonde somos enviados.
Saibamos que a eficácia durável não parte de uma acção espectacular (…)”,
sugere o irmão Aloïs, recordando palavras de um cristão ortodoxo, Serafim de
Sarov: “Adquire a paz e uma multidão à tua volta há-de encontrá-la também.”
Somente nos é
pedido que sejamos fermento de paz…
grão de mostarda
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