SÃO MAIS DE CINQUENTA
MILHÕES DE SERES HUMANOS E METADE DELES SÃO CRIANÇAS…
Foram forçados a
abandonar os seus países, perderam os seus haveres, deixaram familiares, e
tiveram de ignorar os mortos.
O relatório do Alto
Comissariado das nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), divulgado dia 20,
diz que é a primeira vez, desde a II Guerra Mundial, que se verifica esta
situação.
O responsável pelo
ACNUR, António Guterres, afirma que a situação se deve a um “perigoso défice de
paz no mundo”. Tudo por causa de guerras sucessivamente desencadeadas, quer por
Governos institucionalmente no poder, por forças de oposição política ou por
máfias organizadas.
A interrogação urgente a
fazer: a quem interessa toda esta situação? Quem são os países que fabricam as
armas (e munições) que são vendidas aos Exércitos, aos grupos armados e às
associações criminosas? Quem são os Governos que negoceiam com os diferentes
“senhores da guerra” para dos conflitos retirarem dividendos económicos:
exploração de bens naturais ou interesses que a hipocrisia política denomina de
reconstrução dos países?
TAMBÉM ENTRE NÓS EXISTEM
“REFUGIADOS”… Refugiados fugidos de si próprios, das suas próprias famílias...
Pessoas excluídas, que se viram obrigadas a “refugiarem”, sob as mais diversas
aparências, para que o desprezo ou a solidão não os acabasse por destruir.
Alguns destes refugiados
vivem no nosso prédio, na nossa rua; talvez possam mesmo ser nossos familiares
ou colegas de trabalho…
Como discernir uma
decisão capaz de “apaziguar o sofrimento sobre a terra”? Como encontrar no
nosso interior o “fermento de paz e confiança” capaz de eliminar “a espiral de
ódio e medo entre as pessoas e os povos?”
As nossas decisões e os
nossos gestos individuais serão o fermento que levedará finalmente toda a
Humanidade… E assim a terra tornar-se-á “num lugar habitável”.
(*) Citações retiradas
do livro “Las fuentes de Taizé”, do irmão Roger, PPC (Madrid), 2000
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