Caríssimas e caríssimos,
André Louf (1929-2010) afirmava que “nada
revela melhor um ser que a sua capacidade de amar” (*). As palavras daquele
monge cisterciense ressoaram-nos ao “escutar” Paula Guerreiro nesta semana: “A
natureza humana está imersa num verdadeiro mistério de amor.”
A reflexão ESCUTAR A
VIDA de Paula Guerreiro (ver ANEXO) surge-nos como uma “crónica”; uma
crónica que, pelo acontecimento, nos conduz ao cerne do coração, enquanto
“local de encontro” do que nos é mais próprio, porque vital: o AMOR.
Fraternalmente,
grão de mostarda
(*) “Ao ritmo do
ABSOLUTO”, Editorial A. O. (Braga), 1999
Crónica de um mistério de AMOR…
A natureza
humana está imersa num verdadeiro mistério de amor. Sinto esta verdade com
tanta força que quase consigo tocá-la.
Há pessoas que
considero um luxo fazerem parte da minha vida. A sua presença enche-a de
sentido, enaltece-a, e faz suscitar o que de melhor existe em mim, em nós.
Deitar-se-á a
perder o maior Amor se não se der atenção aos pequenos pormenores que lhe estão
na base. Muitas vezes são pequeninas coisas do quotidiano que enriquecem as
relações.
Há dias escutei
uma voz cheia de ternura e que de um jeito agradecido dizia: “Não há ninguém
que me trate assim!” Confesso que naquela circunstância e naquele momento a
surpresa invadiu-me. Deixei passar, não aflorei…
Mais tarde ao
recordar esta expressão, compreendi que quando um coração é humilde e cheio de
bondade, como reconheço ser o deste ser humano, a sua sensibilidade fá-lo
experimentar a beleza da entrega nos gestos simples cheios de autenticidade,
verdade e sem qualquer pretensão.
Como pode um
coração não se enternecer, ou não se encher de compaixão ao sentir que dá tão
pouco e simultaneamente ser tão reconhecido? Doce evangelho é esta pessoa, que
nos faz sentir o privilégio da fecundidade e da graça. “O bem tende sempre a
comunicar-se. Toda a experiência autêntica de verdade e de beleza procura, por
si mesma, a sua expansão. E uma vez comunicado o bem radica-se e desenvolve-se”
(1).
(1) da
Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (A alegria do Evangelho), do Papa Francisco
Paula Guerreiro
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