No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro ao amanhecer e viu a abertura retirada... Avisou Pedro e o discípulo a quem Jesus queria tanto, que correram a ver. E, ao olharem o sudário no chão, acreditaram... (ver João 20, 1-9)
“ (...) O Ressuscitado diz-nos, de acordo com a fé dos cristãos, que, para além de todas as evidências que se nos imponham, a morte não tem a última palavra no destino dos humanos. Não estamos destinados ao fracasso e à corrupção, mas sim à vida e à felicidade.
Mas nunca se deveria esquecer que a esperança na ‘outra vida’ para além da morte pode converter-se numa ameaça para ‘esta vida’. Todos os que, ao longo da história das religiões, morreram matando, transformaram-se em assassinos porque a esperança na outra vida lhes deu argumentos para matar e para se matarem. Os terroristas suicidas imolaram-se em tantos massacres porque estavam persuadidos de que, fazendo isso, entravam no paraíso dos ressuscitados.
(...) Aos seres humanos há que respeitá-los e querer-lhes bem, não porque deste modo se conseguirão prémios eternos, mas porque os seres humanos merecem o nosso respeito e o nosso amor, etsi Deus non daretur, ‘ainda que Deus não existisse.’”
Nota: o texto evangélico é o relativo à liturgia do Domingo de Páscoa.
AO ENTARDECER… espaço de busca no final do dia, a partir de pequenos comentários do teólogo espanhol José María Castillo – http://blogs.periodistadigital.com/teologia-sin-censura.php –, sobre as propostas de Jesus. Extractos retirados do seu livro “La religión de Jesús – Comentarios al evangelio diario”, editado pela Desclée De Brouwer (Bilbao), 2011.
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