Pedro, que estava com outros discípulos junto ao lago Tiberíades, disse: “Vou pescar” E os outros também foram, tendo passado a noite sem apanhar nada. Quando regressavam, na margem Jesus perguntou-lhes: “Tendes algum peixe?”, ao que eles responderam negativamente. Então, Jesus, que eles não haviam reconhecido, propôs-lhes: “Deitem as redes para a direita da barca...” E logo que assim fizeram, tiveram dificuldades em puxar as redes, tanto era o peixe que nelas vinha. Então, um dos discípulos disse: “É o Senhor”. E logo Pedro se adiantou, seguidos dos outros. Ao chegarem, Jesus já tinha peixes nas brasas e pão. E disse-lhes: “Rapazes vamos almoçar”. Mas nenhum deles se atrevia a perguntar quem era... (ver João 21, 1-14)
“Jesus morreu e fracassou à vista de todos (...) Por vezes, pensamos que teria sido de uma eficácia mais contundente se se tivesse realizado uma aparição solene e gloriosa de Jesus na esplanada do Templo, perante o povo e, sobretudo, diante dos sumos sacerdotes e as restantes autoridades (...).
Mas os caminhos de Deus não são os caminhos dos homens. (...) A ressurreição é sempre, para nós, um problema carregado de perguntas, de obscuridades e de insegurança.
O encontro com o Ressuscitado realiza-se, como neste relato, numa situação humana, um pequeno-almoço, um almoço, um jantar. Quando em Jesus se torna mais presente a divindade, então foi quando se o presenciou mais humano, mais entranhável, mais próximo de nós.”
AO ENTARDECER… espaço de busca no final do dia, a partir de pequenos comentários do teólogo espanhol José María Castillo – http://blogs.periodistadigital.com/teologia-sin-censura.php –, sobre as propostas de Jesus. Extractos retirados do seu livro “La religión de Jesús – Comentarios al evangelio diario”, editado pela Desclée De Brouwer (Bilbao), 2011.
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