quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

AO ENTARDECER


Uma multidão rodeava Jesus, quando ele começou a dizer: “Esta geração é má: exige um sinal e não lhe será concedido outro sinal a não ser o de Jonas. Como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim o será este homem para esta geração. A rainha do Sul levantar-se-á contra esta geração e a condenará; ela veio do extremo da Terra para escutar o saber de Salomão, mas aqui está quem é maior que Salomão. Os ninivitas levantar-se-ão contra esta geração e a condenarão; eles arrependeram-se com a pregação de Jonas, mas aqui está alguém maior que Jonas. (ver Lucas 11, 29-32)

“A expressão ‘esta geração’ tem, nos evangelhos, um sentido negativo e refere-se às ‘pessoas más’. Nos outros evangelhos sinópticos (1) diz-se que quem pedia ‘um sinal’ eram os fariseus e os saduceus (Marcos 8, 11-12; Mateus 16, 1.4). (...) O que pedia aquela ‘geração’ era um facto que lhes demonstrasse que Jesus era o Messias, o Salvador.

Jesus diz que não lhes vai ser dado nenhum sinal senão o de Jonas. Este Jonas foi um profeta que Deus enviou a Nínive, a grande capital do império Assírio. E em três dias, a capital inteira, desde o rei aos animais, todos se converteram e mudaram de vida. Jesus diz aos fariseus e aos saduceus: Quereis um sinal. Pois, o sinal é que vos converteis, ou seja, que mudeis de mentalidade e de forma de viver (...) ”.



(1) Nota da tradução: A expressão “ Evangelhos sinópticos” aplica-se aos evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas por a sua estrutura, semelhança e visão sobre a pessoa de Jesus possibilitar uma leitura de conjunto (sinopsis), do grego syn-oráô: visão de conjunto.

Ilustração: Jonas em Nínive ©Wikimedia Foundation

AO ENTARDECER… espaço de busca no final do dia, a partir de pequenos comentários do teólogo espanhol José María Castillo – http://blogs.periodistadigital.com/teologia-sin-censura.php –, sobre as propostas de Jesus. Extractos retirados do seu livro “La religión de Jesús – Comentarios al evangelio diario”, editado pela Desclée De Brouwer (Bilbao), 2011.

Sem comentários:

Enviar um comentário